sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CECÍLIA


Queridos (as) Amigos (as),

Já era para ter apresentado esta moça há mais tempo, afinal, já faz alguns dias que ela me enviou a sua história. Não o fiz devido a alguns problemas técnicos, e pela dificuldade que senti e sinto em escrever esta pequena introdução.

Considero árdua a tarefa de falar de alguém que está na minha vida de uma forma tão significativa. E isto devido as suas qualidades: lealdade, doçura, carinho, sinceridade, preocupação (comigo)...

Devo-lhe alguns favores como inúmeras caronas e sorvetes, mas um, em especial, talvez eu jamais consiga pagar: ela foi minha testemunha num processo em que fui réu (2004). Nestas ocasiões os “amigos” desaparecem, mas ela estava lá. Deixou de trabalhar pra me prestar socorro – isto não tem preço, isto não tem cartão que cubra.

E não vou nem falar no seu jeito de criança e na cara de moleca que eu adoro! Vejam no post do 1º GAR (http://vozeviola.blogspot.com/) a foto em que eu lhe passo a pulseirinha.

Parceira dos bons e maus momentos, pra rir ou pra chorar, pra curtir no sol ou na chuva, pra correr na praia, na serra ou na Beira-Rio, parceira de todas as horas. Um doce? Um anjo? Não!

Senhoras e senhores... Com vocês: Maria Cecília Dresch da Silveira!


“Meados de julho de 2004. 8 horas da manhã. Toca a campainha. Pela primeira vez adentra minha casa, nas vestes de preparador físico, ninguém mais, ninguém menos que Daniel Rech. Esse foi o início. Lembro perfeitamente da primeira aula, do sufoco dos abdominais, as primeiras caminhadas na esteira, os exercícios de alongamento e localizados. Naquela época, meus objetivos principais eram fortalecer musculatura, mexer o corpo e desopilar a grande batalha emocional que foi minha separação. As crias ainda pequenas, as grandes responsabilidades, o medo do que vinha pela frente. Sigamos.

Três vezes por semana o Danica (como sempre o chamei, pois era meu conhecido de infância) vinha contando histórias das façanhas do grupo de alunos que iam com ele nas travessias e corridas. Tudo pra mim era muito fascinante e completamente utópico.

Mas a utopia virou realidade, em fevereiro de 2005, quando participei do primeiro treino coletivo na equipe, no Parcão, quando fui apresentada para alguns integrantes. Lá estavam: Vitor e Leila, Julio (argentino), Juarez, Pateta, Fernanda, Ângela e Deise, Neusinha e Japa, Jaque e Marcelo, Bina. E foi assim que a Equipe Daniel Rech entrou em minha vida.
Fiz um treino parelho com a maioria das gurias... Nossa, eu tô correndo legal. Imagina só... que coisa...

E a tal coisa tomou forma quando debutei na minha primeira rústica: Maio de 2005. Foram os primeiros 9km500 de corrida. Cheguei esbaforida. Só pensava que precisava chegar e que as crias estavam lá ansiosas. Foi a glória e me senti a mulher mais feliz do mundo. Tenho guardada a foto com muito carinho.

Daí por diante: revezamento no duatlo do Clube do Comércio, Corrida da Lua Cheia (Floripa), várias rústicas, o primeiro e inesquecível MOUNTAIN DO, quando revezei com o Roslank, Marcelo da Jaque e Vítor, e, então, ouço do Coach a seguinte intimação: Vais correr os 21 kms no revezamento da Paquetá, no fim do ano. O QUÊ????? Tá maluco? 21km? Nem pensar...nem pensar.....E não era pra pensar. Corri. Revezei com o Marcelo (da Jaque). Foi o maior barato. Daí por diante: TTT2, mais rústicas, Volta à Ilha 2006, 21 kms na Maratona de Porto Alegre de 2006, quando revezei com a Bina, mais rústicas, mais revezamentos em Duatlos, os 21 kms do Rio de Janeiro, MOUNTAIN DO da Lagoa da Conceição, agora com o Dedé, Írio e Newton, 21 km Paquetá. E, ai meu Deus, exatamente quando corria este revezamento, tive o topete de pensar: Por que não corro a maratona, no ano que vem??? Lancei a ideia pro Danica...pra quê....Dali por diante começamos a amadurecer a intenção que se concretizou em 2007, repetindo em 2008, quando corri duas, e neste ano de 2009, também duas. Isso sem contar a 1ª Gramado Adventure Running, que aconteceu nessa cidade cheia de energias e que adoro tanto. Nossa, foi muito legal.

Mas o ano de 2009 teve um acréscimo dentre todas as corridas que foi a 1ª Nikecorre, os 600 kms que separam o Parque do Ibirapuera em São Paulo da Praia de Ipanema no Rio. Mas esse desafio precisa ser contado em um capítulo à parte. Refiro-me a ele, não como a corrida mais importante da minha vida, mas como o maior DESAFIO que já enfrentei no contexto emocional. Desde a noite que antecedeu a corrida na seletiva, o embarque para São Paulo (os que me conhecem sabem o quanto foi difícil deixar as crias e a rotina de lado por alguns dias, eu, uma canceriana de carteirinha, para enfrentar algo totalmente desconhecido), cada largada nos meus trechos, a chegada no domingo, o choro da vitória sobre o próprio desconhecido. Enfim.

Pessoal, cada treino, cada corrida é um caminho que trilho em busca da minha própria superação. Não viso ganhar dos outros, senão de mim mesma. Confiança, exemplo para os filhos, carinho e respeito dos amigos. E pra quem me pergunta o que significa correr, eu digo:

É O MAIOR TESÃO!

Beijos mil a todos, e vamos em frente que atrás vem gente!”

3 comentários:

  1. Show de bola Cecilia!!!! Galera agora quero ver quem vai se habilitar a apresentar o Juarez????? O cara está fazendo declarações explícitas de amizade e carinho por esta galera! Japa sinto te dizer, mas você perdeu para a Cecilia.....hehehehehe Beijos

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  2. Lúcia Querida,
    Eu não preciso ser apresentado. Em cada post que escrevo sobre vocês está um pedaço enorme de mim mesmo. Está, talvez, a minha essência, que é de amor e carinho para com as pessoas que gosto e que admiro. Sem demagogia: vocês são o que eu tenho de mais bonito. Agora... entre você, o Japa e a Cecília... Sou louco pelos três! Hahahahahaha...
    Um beijão!

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  3. Cecília:
    Parabéns pelo teu comovente texto.
    Penso que a superação que nos impomos, em razão dos treinos e competições (e até mesmo pelas parcerias e amizades que fazemos), nos torna pessoas melhores e mais completas.
    E como diria diria Buzz Lightyear “ao infinito e além...”
    Abraço,
    Mário Nascimento

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