terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ultradesafio Farroupilha 24h – 17 e 18 de SETEMBRO de 2011

Meus Farrapos e Minhas Farrapas,

Nossa equipe, desde sua criação em mil novecentos e guaraná de rolha, sempre se caracterizou pela raça e pela determinação na busca de seus objetivos e na superação de desafios. As porfias são variadas e, a cada dia, se tornam mais árduas e mais complexas. Vejam, por exemplo, a força que nosso mestre faz para manter a hidratação de seus atletas... Não tá a cara do Conan, The Barbarian?
 
Agora, falando sério, a batalha enfrentada pela EDR no último final de semana, no meu entendimento, está entre as maiores de toda a sua história. Um grupo seletíssimo se revezou durante 24 horas correndo num circuito de 3 Km dentro do Parque Marinha do Brasil. Mário Cangibrina, Davi Grass, Claiton Marques e Júlio Baldi deram um sangue estúpido para nos representar de forma digna e “valerosa”. Observem, segundos antes da largada, o Davi e o Claiton acertando os detalhes da estratégia para a disputa.
E lá se foi o Davi mandando muita lenha e repondo o óleo queimado!
Passou para o Claiton, que estava usando a braçadeira de capitão. Observe, a sua frente de camiseta verde, o senhor Antônio dos Reis, que correu a prova sozinho e fez 102 Km. A propósito, para saber os resultados é só entrar em http://audax4.blogspot.com/.

Enquanto isso, na barraca, Davi e Baldi dormiam juntos, mas separados... Entenderam, né?
O Guigão precisou fechar os olhos para não ver...
Agora... Desafio mesmo é o da Márcia! Agüentar o Pedro, a Camila e a Bianca 24 horas por dia, 365 dias por ano! O trio é demais e haja preparo físico!
E lá vem o professor Cangibrina com os dois pés no alto e seu estilo único!
À noite, esta galera aí se reuniu para correr uma meia.
Foi então que o meu amigo Clênio despirocou geral! Credo! Quem diria! O homem se controlou por tanto tempo...
E o Davi e o Baldi continuavam dormindo juntos na barraca... Mas separados... Se é que me entendem...
                Na verdade, o que eles queriam mesmo era aproveitar a barraca. Vejam a tristeza e a desilusão do Claiton e do Cangi enquanto aguardavam o Davi e o Baldi desocuparem a moita.
Finalmente, já recuperado, o Baldi saiu prá correr. Alegre, sorridente, feliz e contente, mas com a língua azulada e um gosto estranho na boca...
A prova, que não contou com chips, utilizou um “moderno” sistema para a marcação da quilometragem e do número de voltas.
                Quando amanheceu, os alcoólatras se reuniram e começaram a encher a cara. Afinal, tudo bem em passar 24 horas correndo, mas é impossível passar 24 horas sem beber!
Que bonito - A confraternização da nossa equipe com a Equipe BSB PARQUE de Brasília/ DF!
                E mais bonito ainda: nossa equipe vencendo a batalha e garantindo um brilhante e honroso terceiro lugar!
Os nossos animaizinhos correram 288 Km, o que dá uma média de 36 Km/ orelha! Direi então que estas orelhas estão voando! Estão correndo muito!
Fiquei com muita pena de não ter participado do desafio e, de antemão, já quero deixar aqui o meu requerimento para inscrição na prova do ano que vem. Conclamo toda a Equipe Daniel Rech para juntarem-se a mim e aos nossos quatro amigos para que sejamos o time com o maior número de participantes no próximo evento. Pense: há forma melhor de se passar 24 horas do que correndo? Não precisam responder...
Abraços e Beijos,
Juarez Lucas

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carmen Citrin e sua 1ª Meia-Maratona

Meus Queridos,

                Desta vez, não vou escrever nada! Vou apenas fazer uma brevíssima introdução para um relato importantíssimo - a primeira meia-maratona da Carmen Citrin. Só quero dizer que torço para que essa seja a primeira de muitas. De muitas meias, muitas inteiras e muitas outras provas que tragam alegria e realização. Parabéns, Carmen! Aguardamos novos depoimentos.

Juarez Lucas
“Minha 1ª Meia-Maratona” 

Vários de vocês já correram meias maratonas e maratonas inteiras. Foi minha estréia – e já em terras estrangeiras, embora o português fosse idioma corrente.  Foi, obviamente, emocionante.
Com cerca de 17.000 inscritos para meia maratona e 10k de Buenos Aires, sendo 4.000 brasileiros, foi muito bem organizada. Para se ter uma idéia, até o km 12, já tínhamos passado por umas 11 ou 12 bandas, tocando os mais variados estilos musicais (até aquarela do Brasil tocou). Os postos de hidratação também eram muitos: 3 com alimentos (banana e laranja cortada e uva passa), 4 ou 5 de Gatorade e vários de água (distribuídas em ótimas garrafinhas de 250ml) . Na chegada, tinha 2 barracas para massagem e alongamento, que funcionavam muito bem: fiquei uns 10 min na fila e ganhei uma longa massagem, do cara que parecia ser o mais experiente da equipe, devido às fortes dores e câimbras no pé e coxa esquerdos.
Artur e eu largamos de mãos dadas, e após 1km nos separamos.
Me juntei com umas meninas do Clube da Endorfina, de BH, e fomos juntas até o 1º posto de comida, lá pelo km 6. O “problema” é que elas não paravam por nada; nem pra subir (eu, que não sou acostumada com lomba, já tava querendo caminhar, pra não forçar o posterior da coxa, que anda ruim, mas elas diziam: “vamo lá, Carrrmen!”), nem pra comer.
Depois, na frente da Casa Rosada, na entrada do km 9, passei por um carioca tirando foto e me ofereci pra bater. Começamos a conversar e fomos juntos – pra minha sorte – até quase o fim da autopista, lá pelo km 14, quando ele se despediu, pq tinha de se apressar para não perder um city tour com a esposa às 11h (isso que eu chamo de profissionalismo!). O cara estava na sua 7ª meia esse ano e foi me dando força e dicas, pq eu estava bem cansada – lá pelo km 10 eu estava louca pra caminhar, mas ele não deixava. Quando fiquei sozinha, caminhei uns 2min, o que me deu gás pra tocar bem até chegar no cais do porto, lá pelo km 17,5, quando começou meu inferno.
Mas antes disso, lá pelo km 15 ou 16, passamos por baixo da autopista e eu vi que teria eco. Todos corriam quietos – ou se arrastavam, afinal, eu estava na banda de trás da prova – e eu dei um grito. Foi o suficiente para iniciar uma cartarse coletiva, com todos gritando também, botando o cansaço pra fora.
Bom, como eu disse, os 2 km do cais do porto foram super difíceis, nos quais caminhei vários trechinhos. Em compensação, qdo entramos no parque Palermo, faltando 1,5 km pra chegada, me senti renovada e em casa - parecia treino na redenção, não fosse pelo show montado ali. Tinha um grupo vestido no estilo escola de samba, dançando e tocando – destaque para um enorme bumbo marcando um ritmo que parecia das galés de remadores. A partir daí foi só alegria, adrenalina e retomada do controle do corpo. Quando faltava uns 200m para chegada, Artur estava me esperando (já tinha terminado seus 10k) e chegamos juntos, de mãos dadas novamente.




Agradeço o apoio de toda família EDR e especialmente ao Dani, nosso treinador, mestre e mentor.

Carmen Citrin