sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CECÍLIA NA MARATONA DE BUENOS AIRES

Amigos (as),

Atendendo a diversos pedidos, apresento abaixo a narrativa da Cecília sobre a última Maratona de Buenos Aires.

Voar solo pela primeira vez, além de difícil, requer total domínio da emoção. O sentimento excessivo te faz soltar ou travar as manetes nos momentos errados, e, certamente, acarreta conseqüências desastrosas. Mas a Cecília fez tudo direitinho: ousou, voou alto, venceu o medo, a dor e a distância, cumpriu as metas e atingiu o objetivo. Tenho certeza do orgulho do Dani, meu e de toda a EDR.

Acredito que as fotos tenham sido tiradas por ela mesma ou por seus familiares. Este deve ser o primeiro post do blog em que as fotos não são do Telmo, o Japa.

Ouçamô-la.

“Queridos, foi lindo demais....tudo foi perfeito. Desde a entrega dos kits até o fim da prova.

Muito carinho, muito esforço em fazer com que todos se sentissem satisfeitos e contentes. Nota 10. E, quanto à prova em si, nossa...nota mil. Nunca tinha corrido uma maratona tão bem feita em estrutura, tanto de apoio de pessoal, organização, quanto à alimentação. Diferente do que haviam me dito, a hidratação estava mais do que satisfatória... tinham muitos postos de gatoraide, muitas frutas (bergamotas, laranjas, bananas, ameixas) cortadas em pedaços pequenos e oferecidas em vasilhas tipo gamelas de plástico, para que fosse fácil o acesso. Até gel eles estavam oferecendo para nós. A organização estava a cargo da Adidas...e nisso eles são imbatíveis.
Senti muito a falta de todos vcs....Mas, como era o meu primeiro voo solo.....encarei a luta.

A largada foi emocionante, com muita animação e ao som de Fred Mercury (I was born to love you....). Claro que comecei a chorar, bem emotiva que estava. Mas, superado o emocional, me concentrei em cumprir a meta que o Dani que propôs: ser audaciosa....hehehhe. Daí me soltei, sem medo. Comecei pra 6. Baixei para 5'30. Fui mantendo.... no km 11, passei pelo hotel onde estávamos...no Obelisco.

Estava a Luísa e a minha cunhada Teresa gritando....de novo, quase chorei.....daí por diante pensei: agora 'é eu e mais ninguém'. Só para vcs terem uma ideia do que era perfeita a organização da prova, no km 18 tinha um casal de dançarinhos de tango, juntamente com um violinista e outro tocando acordeon, no maior tango.....todos passavam aplaudindo...não tinha como.....(e tudo contratado pela adidas....). E isso se repetiu no km 35....imagina que loucura.....a gente lutando contra o muro e, de repente, vê a cena do casal dançando 'por una cabeza'...não tem igual.....é muita emoçao. Mas, antes disso, no km 29, me grudei numa mulherada que, pelo que percebi, era cada uma de um país do mercosul....vibraram quando perceberam que eu era brasileira....elas estavam correndo para 5 5'15. Imagina Vítor, estava desesperada por me grudar em alguém que me ajudasse a manter o rítmo....foi uma beleza.Leila, elas eram umas caturritas, falavam mais que eu....hahahaha. No km 38, pela primeira vez correndo maratonas, encontrei o maldito muro.....mas pensei muito que precisava chegar e acabar com o suplício....e que suplicio....bah, foi muito sofrido. Aquilo me lembrou os meus dois partos, sem brincadeira...Mas graças ao André.....hahahaha. Perguntem a ele o que me disse antes de viajar....hahahaha. Ah, fora o povo que no percurso todo gritava, bamos, bamos....adelante chica....muito legal. A chegada foi feita com a Luísa ao meu lado, meus pais estavam na maior gritaria, a minha cunhada com as gurias, a minha mãe chorando....foi demais.

Enfim.....acho que precisamos nos organizar e trazer a equipe no ano que vem....vale a pena. E como..... Fazer um tour por Buenos Aires, correndo....não tem preço que pague.”


Maria Cecília


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