Meus Coríntios e Minhas Coríntias,
Vocês não podem imaginar a minha alegria ao conversar com o Dani na festa do seu casamento. Isso, simplesmente porque ele me disse: “Cara, eu estou muito feliz! Eu estou feliz demais!” Mas eu não fiquei contente apenas por ele ter-me dito essas palavras. Eu exultei porque percebi nos seus olhos e nas suas expressões que não eram meras palavras – era a mais pura verdade! A mesma verdade que, tantas vezes, ele, delicadamente, gritou para mim nas pistas e provas: “Corre, veado!”
Mas hoje eu quero deixar de lado estas brincadeiras impróprias e falar sério, afinal, eu confesso que fiquei muito emocionado em vários momentos da cerimônia. Na verdade, eu fiquei emocionado desde o recebimento do convite, pois nesse havia uma citação de 1 Coríntios 13 – pela minha ótica, a verdadeira definição do amor. E esse era o sentimento predominante no evento. Pude observá-lo, conforme já disse, nos olhos do Dani e também nas lágrimas embargadas pela Roberta. E é isso que desejo (desejamos) que esteja cada dia mais presente na vida deles. As características que mencionarei agora, eu já as enxergo tanto no Dani quanto na Roberta. Creio ainda que os casais fotografados também transbordem de todos estes atributos. Sendo assim, eu passo a mostrar-vos um caminho sobremodo excelente.
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” (1 Co 13:1) Se a Robertinha e o Dani não tivessem amor, eles não teriam tantos irmãos e amigos para apoiá-los e aplaudi-los...
Assim, só me resta estimulá-los a devotarem-se a este amor de forma contínua e crescente. O verdadeiro amor é aquele que assume a pessoa amada e,
Paulo nos mostra as suas características.
A primeira delas é a paciência – que o Dani e a Roberta sejam muito mais pacientes do que já são...
O amor os inspirará a serem assim. Quando você decide ser paciente, você responde de maneira positiva às situações negativas. Você é tardio em irar-se.
Ao invés de ser impaciente e exigente, o amor lhe ajuda a se acalmar e a transmitir paz aos que estão ao seu redor. A paciência traz a calma interior em meio à tempestade exterior.
Ter paciência é escolher controlar suas emoções ao invés de permitir que elas lhe controlem. É demonstrar discrição ao invés de pagar mal com mal.
E como obter esta paciência? Só há um jeito – buscá-la na fonte. “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros...” (Rm 15: 5)
A bondade (1 Co 13: 4) é o amor em ação.
Se a paciência é a maneira pela qual o amor reage para minimizar uma circunstância negativa, a bondade é a maneira como o amor age para maximizar uma circunstância positiva.
Estes dois lados do amor são a pedra fundamental onde são construídos quase todos os alicerces de uma relação.
O amor lhe faz bondoso, e a bondade lhe torna agradável.
Quando você é bom, as pessoas desejam ficar ao seu redor. Elas vêem você como sendo bom com elas e para elas.
A bondade agracia o casal com a habilidade de servir um ao outro sem se preocupar com seus próprios direitos.
A bondade torna o homem curioso para saber as necessidades da mulher,
e depois o motiva para ser aquele que fará de tudo para supri-las – mesmo que as suas sejam postas em segundo plano. E é óbvio que a recíproca também é verdadeira.
A bondade lhe inspira a ser agradável.
A gentileza acaba com milhares de argumentos em potencial, gerando boa vontade para ouvir primeiro ao invés de exigir que as coisas sejam feitas a sua maneira.
A bondade passa à frente, e dá o primeiro passo.
O mais gentil é o que cumprimenta primeiro, sorri primeiro, serve primeiro e perdoa primeiro. Ele (a) não espera o outro agir para então demonstrar amor.
Quando agimos segundo a bondade, vemos as necessidades, e então tomamos a atitude primeiro.
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros...” (Ef 4: 32)
O amor não é egoísta, e não se satisfaz senão na felicidade do outro.
O amor também leva a uma alegria interior.
Quando você prioriza o bem-estar do outro, uma satisfação interior, que não pode ser adquirida através de ações egoístas, nasce dentro de você.
Esse é um benefício criado por Deus e reservado para aqueles que verdadeiramente vivem o amor.
A verdade é que quando você renuncia aos seus interesses em benefício do seu companheiro (a), você tem a chance de se sacrificar por ele (a). Pode haver coisa melhor?
“O amor não procura os seus interesses” (1 Cor 13: 5).
Espero que a Robertinha e o Dani percebam, o mais rápido possível, que não podem modificar um ao outro.
Que eles possam entender que precisam retirar as “ervas daninhas” da sua união. Que possam nutrir o solo dos seus corações e aguardar a colheita dos resultados. E, para isso, terão que se apoiar mutuamente.
A única maneira de o amor durar por toda uma vida é se ele for incondicional.
A verdade é: o amor não é determinado por estar apaixonado. Muito mais do que isso, ele é determinado por escolher amar. E foi isso o que eu ouvi na voz da Roberta.
Precisa haver no casamento uma fundação mais forte do que a amizade ou a atração sexual. O amor incondicional não será governado pelo tempo ou pelas circunstâncias.
Porém, se não permitirmos que Deus plante o Seu amor dentro de nós, iremos lutar e fracassar na busca por esse tipo de relacionamento. O amor que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Co 13: 7) não vem de dentro de nós – não temos essa capacidade. Ele só pode vir de Deus.
Que o Dani e a Roberta possam, a cada dia, inspirar-se no amor dos seus pais – eles têm dentro da sua parentela o exemplo de tudo o que eu mencionei aqui.
A Roberta e o Dani são dois dos professores que me ensinaram tudo o que escrevi neste post. O meu desejo é apenas ter o privilégio de poder continuar assistindo o crescimento e a colheita dos frutos desse imenso amor.
E que eles tenham sempre o dom de nos fazer, em toda e qualquer situação, calçar os tênis e correr.
E que enquanto corramos, eles estejam embalados e apoiados no carinho dos seus sonhos. Que ao longo de toda a vida eles dancem apenas as mais lindas baladas de amor... Só de amor... De muito amor...
Que o bom e grande Deus os abençoe de forma abundante!
Abraços e Beijos,
Juarez Lucas