quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carmen Citrin e sua 1ª Meia-Maratona

Meus Queridos,

                Desta vez, não vou escrever nada! Vou apenas fazer uma brevíssima introdução para um relato importantíssimo - a primeira meia-maratona da Carmen Citrin. Só quero dizer que torço para que essa seja a primeira de muitas. De muitas meias, muitas inteiras e muitas outras provas que tragam alegria e realização. Parabéns, Carmen! Aguardamos novos depoimentos.

Juarez Lucas
“Minha 1ª Meia-Maratona” 

Vários de vocês já correram meias maratonas e maratonas inteiras. Foi minha estréia – e já em terras estrangeiras, embora o português fosse idioma corrente.  Foi, obviamente, emocionante.
Com cerca de 17.000 inscritos para meia maratona e 10k de Buenos Aires, sendo 4.000 brasileiros, foi muito bem organizada. Para se ter uma idéia, até o km 12, já tínhamos passado por umas 11 ou 12 bandas, tocando os mais variados estilos musicais (até aquarela do Brasil tocou). Os postos de hidratação também eram muitos: 3 com alimentos (banana e laranja cortada e uva passa), 4 ou 5 de Gatorade e vários de água (distribuídas em ótimas garrafinhas de 250ml) . Na chegada, tinha 2 barracas para massagem e alongamento, que funcionavam muito bem: fiquei uns 10 min na fila e ganhei uma longa massagem, do cara que parecia ser o mais experiente da equipe, devido às fortes dores e câimbras no pé e coxa esquerdos.
Artur e eu largamos de mãos dadas, e após 1km nos separamos.
Me juntei com umas meninas do Clube da Endorfina, de BH, e fomos juntas até o 1º posto de comida, lá pelo km 6. O “problema” é que elas não paravam por nada; nem pra subir (eu, que não sou acostumada com lomba, já tava querendo caminhar, pra não forçar o posterior da coxa, que anda ruim, mas elas diziam: “vamo lá, Carrrmen!”), nem pra comer.
Depois, na frente da Casa Rosada, na entrada do km 9, passei por um carioca tirando foto e me ofereci pra bater. Começamos a conversar e fomos juntos – pra minha sorte – até quase o fim da autopista, lá pelo km 14, quando ele se despediu, pq tinha de se apressar para não perder um city tour com a esposa às 11h (isso que eu chamo de profissionalismo!). O cara estava na sua 7ª meia esse ano e foi me dando força e dicas, pq eu estava bem cansada – lá pelo km 10 eu estava louca pra caminhar, mas ele não deixava. Quando fiquei sozinha, caminhei uns 2min, o que me deu gás pra tocar bem até chegar no cais do porto, lá pelo km 17,5, quando começou meu inferno.
Mas antes disso, lá pelo km 15 ou 16, passamos por baixo da autopista e eu vi que teria eco. Todos corriam quietos – ou se arrastavam, afinal, eu estava na banda de trás da prova – e eu dei um grito. Foi o suficiente para iniciar uma cartarse coletiva, com todos gritando também, botando o cansaço pra fora.
Bom, como eu disse, os 2 km do cais do porto foram super difíceis, nos quais caminhei vários trechinhos. Em compensação, qdo entramos no parque Palermo, faltando 1,5 km pra chegada, me senti renovada e em casa - parecia treino na redenção, não fosse pelo show montado ali. Tinha um grupo vestido no estilo escola de samba, dançando e tocando – destaque para um enorme bumbo marcando um ritmo que parecia das galés de remadores. A partir daí foi só alegria, adrenalina e retomada do controle do corpo. Quando faltava uns 200m para chegada, Artur estava me esperando (já tinha terminado seus 10k) e chegamos juntos, de mãos dadas novamente.




Agradeço o apoio de toda família EDR e especialmente ao Dani, nosso treinador, mestre e mentor.

Carmen Citrin

2 comentários:

  1. Carmen,
    Parabéns! 1ª meia é um grande marco, ainda mais em Buenos Aires!

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  2. Carmen querida! Parabéns! Que seja o primeiro passo para um grande passo! Que venho o próximo desafio: tua primeira maratona! Daí, eu quero te adotar! Já conta comigo! Bjs pra vcs.

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