Maras e Tonas,
Foi um domingo tão repleto de emoções e sentimentos que nem sei por onde começar. Recebi muitas mensagens onde vários corredores expressaram o peso e a importância da realização, e confesso que fui tocado por várias delas. A partir daí eu tentei organizar o raciocínio, entender o porquê disso e, agora, pretendo dividir com vocês as minhas impressões.
Todos sabem que o Mário Cangibrina é meu afilhado. Reparem que usei o verbo “ser” no presente do indicativo. Ele não foi, nem será na próxima maratona – ele é! Segundo o meu entendimento, este é um compromisso permanente. E ele havia combinado comigo de nos encontrarmos às seis e meia da manhã na barraca da equipe, quando, então, ele me daria o material para levar e me passaria as últimas instruções. Sendo assim, levantei às quatro e às cinco eu já estava lá. Mas vocês estão achando que eu levantei cedo? Chegando ao estacionamento do BarraShopping Sul dei de cara com o nosso líder que, com aquele jeitão de doido que Deus lhe deu, já se empenhava para armar a barraca.
É óbvio que ele não estava só. Ele não conseguiria armar a barraca sem a ajuda da Robertinha!
Deixando de lado a brincadeira é aí que a gente percebe a preocupação do Dani conosco, e é aí que a gente entende o porquê da satisfação dos atletas e do sucesso da Equipe Daniel Rech. Nós simplesmente fazemos brotar aquilo que o Dani planta. Ele semeia atenção, carinho, preocupação e cuidado para conosco; ele colhe os nossos resultados, a nossa admiração, amizade e a alegria de fazermos parte de um time único.
Ainda não havia amanhecido e as coxas, com e sem compressão, começavam a chegar. Achei muito bonita a nova camiseta laranja da equipe.
Ainda no escurinho, o grande Claiton recebia afagos do novo namorado. Meigo... Muito meigo...
Mais uma vez a campanha “Adote um Maratonista”, criada pela Roberta, foi um verdadeiro espetáculo. Algumas privilegiadas contaram com o apoio de mais de uma madrinha. Esse foi o caso da Bruninha que foi seguida de perto pela sua mãe, Dª Jane, e pela Bina.
E por falar nas madrinhas da Bruna, eu tive a grande felicidade de assistir, durante a maratona, a um dos maiores combates de toda a minha vida: o duelo travado entre a Dª Jane Maria e a sua mountain bike. A bicicleta, apesar do giro alucinado dos pedais, negava-se a sair do lugar. Atendendo ao pedido da Bruna, precisei intervir para separar as duas. Mas acho que, no final, elas acabaram se entendendo.
Foi no momento em que eu parei para mudar a marcha para a Dª Jane que o Cangi passou batido e eu não vi. Isso foi um pouco antes do 12º quilômetro. Só descobri que o meu afilhado tinha vazado quando a Lila, delicadamente, me avisou: “ô Zé Mané, o Mário passou faz tempo!”
Mas eu já ia me esquecendo de falar na largada feminina, quinze minutos antes da masculina. A Dª Danuzeca saiu forte, levando nos ombros o fardo insuportável de tentar impedir a ultrapassagem do Mário. É evidente que, a esta altura, todos já sabem quem é o Mario, certo?
Um pouco atrás da Danuzeca vinham a Zebrinha, a Maná e a Lila – as duas últimas mais faceiras que guria de vestido novo!
Vejam a mão da Bina com a “colinha” para acompanhar os tempos da Bruna – muito show esta parceria!
Lá vem meu afilhado, Mr. Mário Cangibrina, abrindo os trabalhos.
E ele vinha seguido de perto pelo Claiton e pelo Matusalém.
Enquanto a gurizada queimava os tênis no asfalto, a organização proporcionou um esquete falando dos malefícios provocados pela falta de atividade física – achei interessante a idéia.
Preciso dizer prá vocês o que significou prá mim o fato de acompanhar o Mário. Foi uma aula de corrida em todos os sentidos. Em primeiro lugar, meu afilhado é um atleta de elite. A constância de seu ritmo e amplitude das passadas são impressionantes. No início da prova, ainda descansado, abusa da técnica adquirida ao longo dos treinos; no final, quando o corpo já não responde, apóia-se na raça e na moral. Observem-no aproximando-se da Danuse que, diga-se de passagem, mais ou menos na metade da prova, exibe um estilo perfeito: jogo de cotovelos, passada aberta e os dois pés fora do chão. Fantástico!
Abaixo, o momento em que o Mário ultrapassou a Danuse. Sem nenhuma dúvida aí estão os dois melhores corredores da EDR na atualidade, e, também sem qualquer questionamento, a foto mais bonita e mais significativa do post – Prêmio: “A Foto do Post!”
Em segundo lugar, o Mário é pleno de espírito esportivo. Ao ultrapassar um marujo do 5º Distrito Naval (Rio Grande), percebeu que o garoto estava mal e ofereceu água e ibuprofeno. No meu entendimento essa é uma atitude de quem é do bem e sabe os significados da vitória e da fidalguia. Um pouco mais adiante lhe alcancei a caramanhola de Endurox, e ele partiu para fazer a ultrapassagem sobre mais um adversário.
Quanto à Dª Danuse, temos que cumprimentá-la pelo excepcional resultado – um belíssimo terceiro lugar na sua categoria! E o tempo? 3h e 30 min! Coisa de gente grande!
Parabéns, Danuzeca! Mais uma vez levando a EDR para o pódio!
E ainda falando do Mário, trata-se de um rapaz educadíssimo. Pela foto abaixo acho que vocês imaginam o que ele me deu de presente pela parceria na corrida... Como dizia aquele comercial de cartão de crédito: uma bike de estrada – R$ 5000,00; abrigo e bermuda de ciclismo - R$ 300,00; tênis – R$ 500,00; ganhar beijinho do Mário e vê-lo fazendo biquinho – não tem preço!
Depois foi só festa e champanhotas – esta gurizada merece!
Abaixo, vejam a Mônica hidratando a sua afilhada.
E por falar em Mônquina, tomei a liberdade de selecionar um trecho da mensagem que ela enviou. Professora Mônica Aner, achei muito bonito e faço minhas as tuas palavras:
“AWESOME, como se diz em inglês, ADMIRÁVEL, talvez uma de suas traduções, foi o que representou o dia de ontem.
"A vida é tão especial que só temos um pequeno intervalo para experimentar e aproveitar todos esses momentos que a fazem tão doce. E o momento é agora mesmo, e esses momentos estão em contagem regressiva, e esses momentos estão sempre e sempre passando. Você nunca será tão jovem quanto você é agora. E por isso que acredito que se você vive sua vida com uma ótima Atitude, escolhendo ir para frente e para frente, mesmo que a vida lhe dê um golpe, viver com um senso de Autoconsciência do mundo ao seu redor, abraçando sua criança (interna) de 3 anos e vendo essas pequenas alegrias que fazem a vida tão doce, e sendo Autêntico consigo mesmo, sendo você e estando bem com isso, deixando seu coração levá-lo e colocá-lo em experiências que lhe satisfazem, então eu acho que você viverá uma vida que é rica e satisfatória, e acho que você vive uma vida que é VERDADEIRAMENTE ADMIRÁVEL (AWESOME!!!)”
Thanks for that awesome Day!”
Depois disso, qualquer coisa que se diga ou será repetitiva ou será desnecessária.
Sendo assim, fiquem com Deus.
Abraços e beijos,
Juarez Arigony