Estou começando a cansar dessa brincadeira. Já não estou mais agüentando – estou fisicamente esgotado! Esta equipe é treino, prova, festa, festa e festa! Como dizem os triatletas: estou começando a babar! E o pior é que não dá prá perder nada, principalmente os eventos sociais, pois é um melhor do que o outro! Vem cá: quando é mesmo que vocês viajam? Só assim vou poder descansar um pouco... Descansar e preparar a festa do meu noivado. O quê? Não sabiam que eu vou ficar noivo? Ah, menina! Nem te conto! Babado fortíssimo que aconteceu domingo em Gravataí! Mas, como diria o velho Jack, vamos por partes porque tudo tem começo, meio e fim (Zé Rodrix).
Tivemos mais um final de semana daqueles! Foi vai ou racha; ou arrebenta a tampa da caixa!
Tudo começou no sábado à noite, no Dublin, na festa de aniversário do Baldi.
Eu vou tentar resumir prá vocês: casa cheia, gente bonita, papo agradável, cervejas e champanhotas, petiscos, enfim, tudo muito dez! Agora, só me digam uma coisa: o Baldi precisava ter ido? Fala sério! O cara passou a noite toda perguntando pelos presentes e me fazendo má-criação - o Álvaro e a Nara são testemunhas. Eu, na maior boa vontade, tentando adestrá-lo na difícil arte da conquista do sexo oposto, e o bagual me dizendo que eu estava usando uma camisa de bicheiro! Vê se eu posso com um despeito desses! O meu consolo foi que a Lúcia gostou, e as gurias até me deixaram tirar uma foto com elas!
Depois não sabe por que está sozinho! Eu agora estou noivo, tolo! Mas ainda não é o momento de falarmos sobre isso. (Ai, eu preciso falar...)
Mas a festa teve algumas presenças inusitadas. Vocês viram o "Cabeça"? Ele tava lá marcando presença!
E olha aí! Precisava da cara do Baldi no meio deste monte de mulher bonita? Ele podia ter ficado de costas ali no fundo junto com o Álvaro!
E no dia seguinte, domingão, eu vivi uma sensacional e empolgante experiência. Agora estou falando sério; vamos deixar as brincadeiras um pouco de lado. Eu tive o privilégio de acompanhar, de bicicleta, a Roberta, a Márcia e a Lúcia (Pimenta), num "treininho" de 22 quilômetros – elas correram da casa da Márcia (em frente ao Iguatemi) até o sítio da nipônica família em Gravataí. Vemos aqui o quinteto de corredores e o trio de apoio.
O Beck acompanhou o Dani e o Clênio; e eu e o Vicente tentamos, de todas as formas possíveis, amenizar um pouco o sofrimento das nossas heroínas.
Tenho absoluta certeza de que todos já experimentaram a agradável sensação de apoiar os outros de alguma maneira. Mas, em minha opinião, o mais gratificante foi ajudá-las a trilhar o mesmo caminho que eu. Foi dar força para uma atividade que eu também faço e que, de certa forma, tenho uma razoável noção das dificuldades. Até por isso eu gostaria de me desculpar com as três. Pensando bem, eu acho que enchi o saco mais do que auxiliei. Prá começar eu tenho aquele imperceptível defeito de não conseguir falar baixo, e passei mais de duas horas gritando nas orelhas das coitadas! "Vai prá sombra!"... "Respira! "... "Aproveita a descida!"... "Abre a passada!..." Até cantar eu cantei! E sente o nível do repertório: Adriana Calcanhoto e Barry Manilow – "You know, I can't smile without you..." Eu acho que elas chegaram até a pensar em se atirar em baixo de um ônibus na Assis Brasil. Pobrezinhas... Ninguém merece! Mas eu posso lhes garantir que as minhas intenções eram as melhores. E se precisarem de novo, pode contar comigo.
Vejam a chegada da Márcia a Gravataí.
Mas o que eu curti mesmo foi perceber o sucesso que elas fizeram. Vocês não fazem idéia do que foi o rebuliço ao longo de todo o percurso. Teve uma hora que um motorista de táxi fez um gracejo relacionado à derrière das meninas. Seria um problema, mas o Vicentão foi lá e atendeu o bagaceira a tapa. Pior que depois ele me disse que o cara tava de olho era em mim, e não nas gurias – só por que tinha um furinho na minha bermuda e o sujeito viu um pouco daquela bunda véia chupada dos cachorros! Tá louco! Tem cada tarado neste mundo! (Putz, mas será possível que eu não consiga falar sério!)
Mais adiante passamos por uma tenda de abacaxi Terra de Areia. Bem na frente da barraca, a Roberta falou que adoraria comer uma fatia. Prá quê? Não é que o jaguara da tendinha ouviu e saiu correndo atrás de mim? Descascou, fatiou e me fez levar de presente prás gurias. Saí da barraca do maluco e deixei-o lá... Descascando banana!
E aí está a Robertinha chegando com o Beck.
Mas eu vou dizer uma coisa prá vocês: eu cheguei a ficar com pena delas. Vocês não têm idéia do calor que fazia! Sabe quando você vê fumacinha subindo do asfalto? Pois é, era este o quadro! E tem mais um detalhe: foram 22 km só até a casa do japoaba! Depois elas continuaram correndo num circuito mapeado pelo Telmo nos arredores do seu latifúndio. Coisa de gente grande, coisa de galo véio cinza! Gurias, meus sinceros parabéns! Tenho absoluta certeza de que vocês vão dar de relho no Mickey, no Pateta e na turma toda da Disney! Se bobear ainda vai sobrar prá Mônica e pro Cebolinha!
Quando chegamos, eu e a Pimenta, recebemos a calorosa acolhida da equipe, que já estava reunida para o início do treino.
Digam-me se esta gente pode ser normal! Vocês já ouviram falar em praia, piscina, sombra, ar condicionado, água de coco gelada? E preferem correr debaixo de uma "lua" dessas? Deus é maior!
Então, reparem! Ali atrás estão o Clênio, a Márcia e a Roberta, que, a esta altura, já tinham corrido 22 km! Criaturas, vocês estão rindo do quê?
E os caras vão dando baile nas carroças! Aí, o cavalo, revoltado com a derrota, soltou um pequeno flato. O Marcão quase vomitou! Misericórdia!
E eis a "Foto do Post!" Como sempre: pela parceria, pela união e pela felicidade estampada nos rostos – é disso que eu gosto!
Eu acho que vocês podem imaginar a satisfação de se ver um rosto bonito e conhecido te oferecendo água.
Os carros diminuíam a velocidade para observar melhor. Talvez seja difícil para uma pessoa normal acreditar nisso.
E os doidos de hoje já incentivam os filhos a serem os malucos de amanhã!
A foto abaixo mostra o início de um desastre ecológico. É uma reação em cadeia. Assim: os caras passam fedendo perto dos cachorros. Esses não suportam aquela inhaca braba, aquele futum de asa e latem desesperados. As pererecas se assustam com os latidos e pulam agitadas prá dentro da lagoa. A agitação das pererecas na lagoa provoca ondas que afogam os gansos. Entenderam agora porque a corrida provoca a umidificação das pererecas e o afogamento dos gansos?
Só agora tomei conhecimento das placas que o Japinha fez para sinalizar o percurso.
Lá, na hora, eu só enxerguei este sorrisão me oferecendo água – coisa mais querida! Beth, brigadúúúúúú!
Ai, meu Deus! Que dor no coração! Que saudade do "Cabeção"!
Acho que já posso passar o título de Schreck da equipe!
Aí está o Clênio! Com mais sede do que camelo que trabalha de táxi no Saara! Que momento trágico – mais de trinta quilômetros no lombo!
Pode falar: vocês já viram uma placa mais fofa do que esta?
A chácara do Japa é um lugar agradabilíssimo,
e seus pais, através da simpatia e da cortesia, fazem com que fique ainda melhor.
Percebi algumas modificações em relação à última vez em que lá estive (ano passado). Eles colocaram um telhado e um banheiro na varanda – estou me referindo ao ambiente onde foi realizada a confraternização.
Observem a meiguice do momento abaixo: o Beck já tinha ensaboado o Dani e, agora, estava se molhando para ser ensaboado. Legal, né?
E, depois desse banho, é claro que o Dani estava faminto!
Após a comilança de sushi e churrasco, a Dª Sushica não parava mais de tirar doce de dentro daquela geladeira! Era doce que não acabava mais! Todos deliciosos!
Vocês viram este alemãozinho lá? Lindo – de capa de revista!
Vocês viram este argentino lá? Lindo – de capa de revista de terror!
Então cantamos parabéns e, finalmente, entregamos os presentes que o Baldi queria.
Ele ficou todo bobo – ganhou um daqueles shortinhos com saiazinha igual ao das gurias. Só que tamanho G (Gay).
O mais importante de tudo, e que eu estava doido para contar: fizeram um quarto novo para o Telmo! Geeeentem, o cafofo do Japa é um amor! A Dª Sushica fez questão de nos mostrar! Depois que eu vi, fui correndo procurá-lo e aceitei o seu pedido de namoro! Tenho certeza de que seremos muito felizes ali naquele recanto. Eu só achei o banheiro um pouco pequeno, mas minha sogra disse que é assim porque o Telmo é pequenino e, então, está tudo certo! E também achei estranha aquela TV ao contrário da cama, mas como nós não vamos vê-la mesmo...
Mas será o Benedito? Eu não páro de falar besteira!
E a festa acabou quando a Dª Sushica viu os pés do Dani!
Ela, corretamente, considerou aquilo uma afronta à saúde pública e botou todo mundo prá rua! Xispem já daqui!
E o último capítulo interessante foi a nossa volta. Refiro-me ao regresso meu e do Beck. Conforme o determinado, desde o princípio, pelo nosso treinador, voltaríamos de bike. A única mudança nos planos ocorreu minutos antes da largada. O Beck, moço sagaz e astuto, me propôs: "vamos voltar pela Free Way, onde o trânsito e o asfalto são melhores!" E eu, este primor de inteligência, respondi prolixamente: "tá." E agora vou lhes confessar: se arrependimento matasse, eu tava duro cheio de mosca em cima! Ele tinha alguma razão, pois, na maior parte do percurso, as condições eram um pouco melhores do que as da Assis Brasil. Mas há um trecho, de uns três quilômetros, que não tem acostamento e onde o asfalto é pior do que o da pista da Esef! Os carros, voltando do litoral, passavam zunindo pela gente e tiravam cada fino que chegava a provocar uma frouxidão no estômago! Entenderam? Quase me borrei todo! Espero que não precise desenhar!
E foi pior ainda quando presenciamos a blitz que estava acontecendo por conta de um assalto a banco que ocorrera em Gravataí. A polícia parou uma Kombi com oito japoneses dentro.
- Desce todo mundo! – ordena o policial. – Mãos na cabeça!
Eles obedecem silenciosamente.
- Agora um por um, vai falando o nome! – torna o policial.
E eles:
- Sartamo Obanko;
- Matamo Okasha;
- Kotiro Nosako;
- Katamo Osnike;
- Saimo Koreno;
- Fugimo Nakombi;
- Osgarda Pararo;
- Tomamo Noku
E devido à volta de bicicleta, pedi ao meu namorado que trouxesse a minha mochila, já que ele voltaria de carro. Sabem que ele a deixou na portaria? Não quis subir para falar com mamãe! Assim não vai dar certo – acho que ele não quer aproximação com a sogra. Isto não é legal! E eu fui tri querido com a Dª Sushica!
E, prá terminar, espero que não leve um ano para que voltemos à Gravataí para comer churrasco com sushi! Gostaram? Até rimou! Quem sabe vocês preferem: ... para que voltemos a Gravataí para comer sushi com churrasco, e fazer fiasco! Hehehe... Estou impossível!
Abraços e beijos!
Juarez Arigony